segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MESMO ASSIM

As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas.

Ame-as MESMO ASSIM.

Se você tem sucesso em suas realizações,

ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos.

Tenha sucesso MESMO ASSIM.

O bem que você faz será esquecido amanhã.

Faça o bem MESMO ASSIM.

A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável.

Seja honesto MESMO ASSIM.

Aquilo que você levou anos para construir,

pode ser destruído de um dia para o outro.

Construa MESMO ASSIM.

Os pobres têm verdadeiramente necessidade de ajuda,

mas alguns deles podem atacá-lo se você os ajudar.

Ajude-os MESMO ASSIM.

Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo,

você corre o risco de se machucar.

Dê o que você tem de melhor MESMO ASSIM.

Madre Tereza de Calcutá

A ESCOLA DOS BICHOS


Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.

O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de

vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.

E assim foi feito, incluíram tudo, mas...

cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.

 
O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.

Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,

Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...

coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não

aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.


O Pássaro voava como nenhum outro, mas o

obrigaram a cavar buracos como uma topeira.

Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.


SABE DE UMA COISA?


Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.


Não podemos exigir ou forçar para que as

outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.

Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.


RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.






Rosana Rizzuti


A Morte Devagar


Martha Medeiros



Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.


Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.


Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.


Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.


Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.


Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.


Sobre a autora:

Martha Medeiros nasceu em Porto Alegre em 1961. Formada em Publicidade. Escreveu livros de poesias e de crônicas, seu mais recente lançamento é o livro de ficção: Divã. Martha é cronista do jornal Zero Hora.
Poesia apresentada no programa 97
Os poemas e os textos lidos em "Provocações” são, às vezes, livre adaptação do original, por Antônio Abujamra ou Gregório Bacic. O formato em que se apresentam escritos aqui é apropriado para a leitura em TV e não o seu formato original.

Extraído de: http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/poesia.asp?poesiaid=11